Vácuo e penumbra

segunda-feira, 20 de novembro de 2017


Tudo é rubro.
Tudo é dor.
Mais me cubro...
Menos amor...

Mais métrica...
Menos poesias...
Mais cética...
Menos dias...

Mais espaço...
Menos esperança...
Menos abraço...
Mais lembrança...

Tudo desbota.
Traços sem cores.
Apatia brota...
Jardim sem flores...

Alma sem paz...
Alegria em pó...
O sorriso desfaz...
E eu sempre tão só...

Complexa e inquieta!
Inferno estático...
Um corpo que afeta...
Quase sempre magmático...

Chora parada...
Chora quando caminha...
Queria tanto ser amada...
Mas sempre amará sozinha...

Tudo é sempre escuridão.
E às trevas, eu me entrego...
Só conheço a solidão...
E a ela, me apego...


(Daliana Medeiros Cavalcanti - 20/11/2017)

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