Só, lamente tu

domingo, 12 de novembro de 2023


(Daliana Medeiros Cavalcanti – 13/11/2023)

“Uma mulher solteira incomoda muita gente

Duas mulheres solteiras incomodam, incomodam muito ma-aais...”


É, querides... Nós mulheres não temos um pingo de sossego...

Esses dias, fiquei reparando nos conselhos que algumas pessoas me deram/ainda dão e então, comecei a me questionar: por que o fato de eu estar solteira incomoda tanta gente?

Tradução: "você quer ficar sozinha para sempre? Você não quer ser feliz?"


Claro que namorar é bom e faz falta, mas estou bem e feliz, e não vivo em função disso. O que fico IMPRESSIONADA é que percebo que as pessoas se angustiam mais com a minha vida amorosa do que eu mesma! Eu, hein?

Foi pensando nisso e em outras manas solteiras, que devem ouvir os mesmos “pitacos não solicitados”, que abrangi a pergunta: “por que o fato de uma mulher estar solteira incomoda algumas pessoas?” e então, encontrei algumas respostas na própria história: desde a antiguidade, as mulheres eram preparadas para se casar.

Entre crises e respiros

terça-feira, 1 de agosto de 2023




(Daliana Cavalcanti – 01/08/2023)


Entre o final de junho e início de julho, fui para Vitória/ES, para participar de um Ópera Estúdio e estava muito feliz e empolgada com a oportunidade, afinal de contas, fazia anos que não participava de um: o último Ópera Estúdio que participei foi em 2016, em Recife/PE que, infelizmente, teve sua última edição naquele ano, devido ao constante corte de recursos para realizar o projeto, o que é muito triste para o cenário operístico do Nordeste, que já conta com pouquíssimas oportunidades.

Ópera Estúdios são cursos voltados para a profissionalização de cantoras(es) de ópera e, geralmente, são duas semanas intensas, que contam com aulas de canto, masterclasses, aulas de vários outros assuntos, como dicção lírica, aulas de atuação, etc. Como podem perceber, é um curso “bem puxado”, que começa pela manhã, temos intervalo para o almoço, voltamos à tarde e, normalmente, termina de umas 18h. À noite, é o período em que voltamos para casa e alternamos o estudo do que aprendemos com um pouco de descanso. É uma rotina cansativa, mas muito rica em trocas e conhecimentos e isso compensa todo o cansaço para qualquer cantor(a) que, assim como eu, AMA aprender e se desenvolver.

EDiTAMdo a experiência – Lab. dos Clowns de Shakespeare 2013 (Parte 01)

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023



(Daliana Cavalcanti – 21/02/2023)

Quando tive a ideia de me matricular no Laboratório de Cena 2023 dos Clowns de Shakespeare, tive um misto de medo de não aguentar “o rojão”, devido ao sedentarismo (de exercícios físicos tão somente, mas de "resolver pepinos", não) e uma série de questões de saúde, que deixam meu corpo mais fraco e sonolento e, simultaneamente, um grande anseio por mudanças, devido à minha constante vontade de aprimoramento, enquanto artista e ser humano.

E aí, ao saber do horário de imersão (das 9h às 18h) e do foco nas questões atividades físicas que o teatro dá, durante a entrevista para ser selecionada como participante do Lab, perguntei à Paulinha:

– Você acha que eu vou aguentar?

Anormalidade Normal

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

Tradução: "nota médica - você não é normal"


(Daliana Cavalcanti – 07/02/2023)


O que é “normal”?

O dicionário Michaelis define o termo como “1 Conforme a norma; regular. 2 Que é comum e que está presente na maioria dos casos; habitual, natural, usual. 3 Tudo que é permitido e aceito socialmente. 4 Diz-se de pessoa que não tem defeitos ou problemas físicos ou mentais”

O Priberam concorda e o Aurélio, além de repetir essas definições, trouxe o seguinte: “Que se comporta ou age de uma maneira considerada aceitável ou adequada. Indivíduo que segue normas ou se enquadra dentro do considerado aceitável social e moralmente.”

Agora que sabemos o conceito dessa palavra, convido-os(as) a uma reflexão: quem estabeleceu o que é e o que não é normal? Mais ainda: o “normal” é algo absoluto ou relativo? Quem se beneficia com a normalidade? E quem são as pessoas que se prejudicam, por serem vistas como “anormais”?