Cegueira da alma
sábado, 16 de dezembro de 2017
Não vejo o vislumbre do amor
Não vejo o amanhecer do dia
Só enxergo o sangue e a dor...
Convertidas em rima e poesia...
Não sinto o sabor do beijo
Nem os olhares de confissão
Somente a angústia do desejo,
A incerteza e a frustração...
Não tenho mais o frêmito arrepio
Do toque e do suspiro que excita...
Só palavras que balbucio
Em sons e na escrita...
Só feridas em minha história...
Expressão sempre abatida...
Amores que viram memória...
Tristeza em minha vida...
É o sorriso que se desfaz
É o coração que se parte
É a inconstante paz
É o sofrimento que se verte em arte...
É a canção emudecida
É o pranto calado
É a alegria esquecida
É o presente passado...
É o eterno tormento
De uma alma a exaurir,
Que busca mais que um momento...
Um motivo para sorrir...
Um ânimo, um alento...
Uma esperança, um porvir...
(Daliana Medeiros Cavalcanti - 17/12/2017)
Postado por
Dali
às
21:51
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