Silêncio e liberdade
quarta-feira, 15 de julho de 2020
Pobre moça tão sofrida...
Tanto medo, tanto receio
Que há de explodir o seio
Tanta dor, tanta ferida..
Constrói espessas muralhas
Protegendo seu entorno
Qual será o seu transtorno?
Contra quem são as batalhas?
Sob ameaça suposta
Assustou-se com o invisível
E escolheu o indizível
Como amarga resposta
O silêncio outrora imposto
Começou como opressão
E tornou-se libertação...
Causou em ti o oposto
Me liberto ao me calar
E você, em sua censura
Se prende na postura
De não me deixar falar
Não preciso de mordaça
Pois você já está inerte
Na prisão que te converte
De caçadora a caça
É refém do próprio ego
Que te impede de agir
E ver o carinho ressurgir...
Essa culpa, eu não carrego
Meus amores, confesso
Os meus erros, redimo
Meus versos, eu rimo
De teu fardo, me despeço.
(Daliana Medeiros Cavalcanti - 16/07/2020)
Postado por
Dali
às
22:34
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