Crucifixus
sexta-feira, 7 de setembro de 2018
Culpas colossais
Invadem minh'alma
E roubam-me a calma
Que já não sinto mais...
Remorsos soturnos
Na vida interferem
E em meu seio desferem
Pesares noturnos...
Dor abissal
Tão forte e presente
Que marca minha lente
Com água e sal...
A vista embaça...
O olho mareja...
E não tem o que tanto deseja...
Pois a fé que tanto despeja
Está cada vez mais escassa...
Passado que não passa...
Confissões sufocadas
Querem ganhar som:
Ritmo, intensidade e tom
De palavras faladas...
Palavras emudecidas
Que almejam liberdade,
Perdão e saudade...
Jamais esquecidas...
E assim, carrego a cruz
Com todo o peso do antigo
Buscando, em um ombro amigo
Alcançar a mais plena luz...
(Daliana Medeiros Cavalcanti - 07/09/2018)
Postado por
Dali
às
00:34
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Poesia
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