Carta do pai interior

quarta-feira, 30 de março de 2022



Querido(a) filho(a),

Não sou o Darth Vader, mas “eu sou seu pai”.

Não o pai que te colocou no mundo, mas o pai que veio ao mundo no momento em que você nasceu: seu pai interior.

Escrevo esta carta por observar que há muitas pessoas que não tiveram o suporte do pai exterior, estando ele vivo ou morto, e me revolta ver o comportamento desses pais. Eu sei disso porque vejo o que você vê. Escuto o que você escuta. Falo com quem você fala; e ao observar seus/suas amigos(as), percebo que muitos também não têm a sorte de ter um pai presente e/ou um pai que apoia... Muitos sequer têm um pai, afinal de contas, vivemos no Brasil: um país onde milhões de crianças são registradas sem o sobrenome paterno.

A difícil arte de finalizar

sábado, 12 de março de 2022


(Daliana Medeiros Cavalcanti - 12/03/2022)

É difícil porque dói. Já começo assim.

Num mundo onde o cancelamento é uma cultura que está na moda, ser sensível, amar, ter consideração por alguém ou um grupo de pessoas, sentir que não existe uma reciprocidade e tomar a dura decisão de terminar sua relação, seja ela de que natureza for – amizade, relacionamento ou trabalho –, é algo muito sofrido para ambas as partes.

De um lado, você tem a pessoa que depositou a confiança em você, acreditou no seu potencial, investiu seus bens mais preciosos: o tempo e a energia de vida naquela relação e que não obteve, minimamente, um reconhecimento de tudo o que fez e do outro, uma pessoa que talvez, por estar tão acostumada com aquela que está sempre “sendo boazinha e compreensiva, arregaçando as mangas e fazendo tudo”, não tem a menor noção do porquê esse término aconteceu e sofre para entender.