Como não consolar alguém

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024


(Daliana Medeiros Cavalcanti – 01/03/2024)

Há algum tempo, venho percebendo que a “empatia” é uma palavra muito falada e pouco aplicada ou vivida.

Se o mundo está falando muito sobre isso, é porque, de fato, é um aspecto em falta na sociedade e um dos motivos (talvez, o principal) é a própria pós-modernidade, que faz com que todos(as) estejam tão ocupados(as) que não têm tanto tempo de falar com aquele(a) amigo(a) ou familiar e saber se está bem ou não, até porque eles(as) mesmos têm suas próprias ocupações e problemas e, às vezes, outras pessoas também não os(as) procuram para saber se estão bem.

Pensando nisso, pensei em enumerar algumas coisas que escutei, durante a vida, nos momentos em que precisava de acolhimento e que, para mim, foram altamente imbecis e nunca ajudaram em nada. Aliás, ajudaram sim: a me sentir PIOR.

Eis a listinha de coisas para não se dizer quando alguém está precisando de colo:

A cultura da "esperteza"

sábado, 3 de fevereiro de 2024


(Daliana Medeiros Cavalcanti – 03 de fevereiro de 2024)

Desde pequena, me ensinam que “tenho que ser mais esperta” e sempre achei isso estranho, afinal de contas, era uma criança e tirava boas notas na escola. Não entendia o que queriam dizer com isso.

Hoje, olhando o dicionário, vejo alguns significados de “esperto” e encontro:

es·per·to

adj

1 Que está acordado; desperto.

2 FIG Que não se deixa enganar facilmente; arguto, perspicaz, sagaz, solerte.

3 Que é cheio de astúcia; ardiloso, ladino, manhoso, solerte.

4 Que está quase quente; morno: Água esperta.

sm

Indivíduo ardiloso; espertalhão.