Histeria coletiva

sexta-feira, 28 de abril de 2017


Um grito nas ruas...
Um clamor interno...
As almas tão nuas...
Um padecer no inferno...

Abril se a porta
Tivesse aberta...
Ninguém se importa!
Ninguém desperta!
A brecha é torta...
A morte é certa.

Em Estado de choque
Caminhamos parados...
Não há dor que toque.
Estamos juntos e isolados...

Não há amor que una.
Não há lágrima que falte.
Não há lei que puna.
Nem maquiagem, nem esmalte.

Há feridas e lutas
Que bradam por socorro...
Eu morro! Eu morro!
Tantas mentiras ocultas...
E verdades de que corro...

Tantas disputas e protestos
Aqui dentro e lá fora...
Tantos desejos funestos...
De que levem-me embora...

Mas luto, em eterno duelo,
Por mim mesma e por quem gosto.
Por meus ídolos em meu castelo...
Por quem amo e não mostro...
Para dar fim a meu auto-flagelo...
Pelo o que penso, mas não posto...
Pelo o que sinto, mas não encosto...
Pelos amores e pelo elo...


(Daliana Medeiros Cavalcanti - 29/04/2017)

0 comentários:

Postar um comentário