Momentos...
O quanto você pagaria por um momento? O que você daria por um momento?
Gastamos dinheiro com shows... Com viagens... Com peças... Com jogos... Com filmes ou séries... Com cerimônias de casamento... Tantas coisas que podemos comprar e sabemos que aquilo terá um fim. Nada mais falo do que o óbvio quando digo que todo show, peça, filme, série e apresentações artísticas têm um fim. As viagens, geralmente, possuem um retorno (a não ser que seja para morar)... Cerimônias de casamento também terminam (e alguns casamentos também)... Os jogos também têm um fim (a não ser que você esteja jogando Munchkin. As partidas desse jogo são intermináveis! Hehe!)... Então, se sabemos que não vai durar, por que gastamos nosso dinheiro com isso?
Muita gente negligencia a arte por ela ser inútil, mas no final das contas, quando as pessoas têm um tempo livre e querem descansar, o médico não faz uma cirurgia para desopilar, o advogado não vai ler uma lei e procurar brechas nela para relaxar, o engenheiro não fica calculando para passar o tempo e assim por diante... Os momentos que as pessoas buscam está na inutilidade. Naquele dia em que você dançou num show de um musicista ou uma banda que você gosta... Aquele momento de descontração com os amigos, seja jogando, bebendo ou assistindo um filme... Ou ainda aquele olhar que você trocou com a pessoa que você ama e não precisou falar nada... Não precisou fazer absolutamente nada, mas aquilo foi impagável e se fosse/for possível, você repetiria ou reviveria aquela memória.
Não negligencio o tempo em que somos úteis de forma alguma. Sentir-se útil é importante e parece uma ironia do destino a vida de alguém quando se aposenta: a pessoa possui mais tempo livre para viver momentos inúteis, mas tem saudade de ser útil novamente e de trabalhar.
Mas o que é o momento, senão uma fresta no tempo...? Ou o tempo em si...? Ou algo mais duradouro...? Seria o sucesso vindouro ou o fugidio instante? Palavra bifurcada que pode ser marcante ou irrelevante, a depender do gatilho emocional disparado no momento.
E que graça teria a vida se as pessoas fossem iguais e sentissem o momento por igual? É interessante perceber que, algumas vezes, o momento de alegria que uma pessoa passa pode não ser o momento de alegria de outra pessoa. Essa pluralidade individual é fascinante, pois às vezes, as pessoas passam pela mesma situação, no mesmo instante de tempo, mas por serem diferentes, elas sentem diferente e logo, vivem momentos diferentes. Uma brincadeira inesperada pode ser uma carícia no coração de uma pessoa, que se derrama em risadas ou pode ser a carranca de outra, que pode não ter gostado e que endureceu seus escudos interiores, aumentando a guarda e o estresse...
Pode ser um trauma para alguns e uma doce saudade para outros...
E se pudéssemos dividir a vida em momentos, qual seria o melhor deles? A infância? A adolescência? A fase adulta? A “terceira idade”? E que momento pode ser esse, se você fosse medir? Em anos? Meses? Semanas? Dias? Horas? Que horas são agora?
Contamos os minutos e os segundos quando geramos expectativas, mas queremos que o tempo pare quando desfrutamos aquele momento...
Nos deliciamos em nossas memórias, nos assombramos com períodos tenebrosos que ameaçam retornar, tememos o amanhã, sempre uma incógnita inesperada em nossas vidas, que podem se encerrar amanhã, com um breve beijo da morte...
Morte... A única certeza que temos, mas ninguém sabe o momento...
A vida nos escorre pelos dedos e pelos nossos olhos, umedecendo o nosso corpo, que muda e se molda a cada dia, conforme o tempo e as experiências que nos atravessam e talvez, tenhamos uma sabedoria subconsciente da nossa não permanência aqui na Terra e por isso, buscamos mais momentos fugazes e inúteis que nos tragam alegria, para que possamos, um dia, olhar para trás e lembrar das besteiras... Dos absurdos... Do esdrúxulo, do tosco e do ridículo que tatuaram um sorriso em nossos rostos.
As nossas “tatuagens do tempo” (as odiadas rugas, manchas na pele, cicatrizes, etc)... Marcas que contam nossa história e revelam muitos dos momentos que passamos. Momentos de tristeza... De superação... De descuido... De doença... São a nossa biografia impressa na pele... O mapa e atlas da nossa história, memória e da nossa personalidade.
Em qual momento você “esteve com os nervos à flor da pele”? Ou “sentiu na pele” a dor de outro...? Quais os momentos que você tem consigo mesmo(a)? O seu tempo é seu?
Você gostaria de viver num momento diferente do que vive agora? Por quê? Por que é tão difícil viver o agora e mais fácil reviver o outrora ou imaginar o porvir?
Criamos expectativas e vivemos momentos em nossos pensamentos que às vezes se concretizam e às vezes, não. Essa esperança é o que nos mantém em movimento, sempre em busca da felicidade, da sabedoria... Em excesso, pode virar ansiedade, mas quando essas expectativas estão equilibradas e fazem com que a gente se mexa, temos um motivo pela qual viver: a eterna jornada dos momentos que nos educam e nos definem.
“Existe momento para tudo na vida.”
“Hoje é o seu momento.”
(Daliana Medeiros Cavalcanti – 07/10/2018)
Pode ser um trauma para alguns e uma doce saudade para outros...
E se pudéssemos dividir a vida em momentos, qual seria o melhor deles? A infância? A adolescência? A fase adulta? A “terceira idade”? E que momento pode ser esse, se você fosse medir? Em anos? Meses? Semanas? Dias? Horas? Que horas são agora?
Contamos os minutos e os segundos quando geramos expectativas, mas queremos que o tempo pare quando desfrutamos aquele momento...
Nos deliciamos em nossas memórias, nos assombramos com períodos tenebrosos que ameaçam retornar, tememos o amanhã, sempre uma incógnita inesperada em nossas vidas, que podem se encerrar amanhã, com um breve beijo da morte...
Morte... A única certeza que temos, mas ninguém sabe o momento...
A vida nos escorre pelos dedos e pelos nossos olhos, umedecendo o nosso corpo, que muda e se molda a cada dia, conforme o tempo e as experiências que nos atravessam e talvez, tenhamos uma sabedoria subconsciente da nossa não permanência aqui na Terra e por isso, buscamos mais momentos fugazes e inúteis que nos tragam alegria, para que possamos, um dia, olhar para trás e lembrar das besteiras... Dos absurdos... Do esdrúxulo, do tosco e do ridículo que tatuaram um sorriso em nossos rostos.
As nossas “tatuagens do tempo” (as odiadas rugas, manchas na pele, cicatrizes, etc)... Marcas que contam nossa história e revelam muitos dos momentos que passamos. Momentos de tristeza... De superação... De descuido... De doença... São a nossa biografia impressa na pele... O mapa e atlas da nossa história, memória e da nossa personalidade.
Em qual momento você “esteve com os nervos à flor da pele”? Ou “sentiu na pele” a dor de outro...? Quais os momentos que você tem consigo mesmo(a)? O seu tempo é seu?
Você gostaria de viver num momento diferente do que vive agora? Por quê? Por que é tão difícil viver o agora e mais fácil reviver o outrora ou imaginar o porvir?
Criamos expectativas e vivemos momentos em nossos pensamentos que às vezes se concretizam e às vezes, não. Essa esperança é o que nos mantém em movimento, sempre em busca da felicidade, da sabedoria... Em excesso, pode virar ansiedade, mas quando essas expectativas estão equilibradas e fazem com que a gente se mexa, temos um motivo pela qual viver: a eterna jornada dos momentos que nos educam e nos definem.
“Existe momento para tudo na vida.”
“Hoje é o seu momento.”
(Daliana Medeiros Cavalcanti – 07/10/2018)
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