Dia sem sol
sábado, 21 de janeiro de 2017
No plácido silêncio da madrugada
Um "urrar", em meu peito, traz lembrança
De aromas e sabores da alvorada
Onde a alma canta e dança
Porque era, por ti, amada...
E acendiam relampejos de esperança...
As luzes de um sentimento traduzido em beijos
Brilhavam e ofuscavam os defeitos
Esquecidos pelos insaciáveis desejos
Saciados em acolhedores leitos...
Mas as luzes, não mais as vejo...
Nossos laços foram desfeitos...
A penumbra transforma-se em treva
Com faíscas chamadas "memória"
E todas as emoções que leva...
O resto é apenas história...
O que se encontra nessas sobras
Além da dúvida e do medo?
O que escondem essas obras
Escritas, assim, tão cedo?
Medo de amar e sofrer...
Espalhados ao sabor do vento
De me encontrar e me perder
Em meio a tanto tormento...
E de perder e ter que esquecer
Como em outro momento...
Oh, escuridão interminável
Que não amanhece como eu queria
E romantiza o abominável...
E no fundo, um sussurro afável
Quer que a madrugada vire dia...
(Daliana Medeiros Cavalcanti - 09/12/2016)
Postado por
Dali
às
22:16
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Marcadores:
Poesia
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