Arcaico e Contemporâneo

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018


De longe, triunfante, o suserano
Caminha ostentando suas riquezas
Seus passos com um toque leviano
Implícitas estão suas fraquezas
Mascaradas com seu ar de soberano

Pobre nobre com tamanha prepotência
Que julga a todos por sua inteligência
E que não teme a demonstrar a preferência
Àqueles de sua convivência

Tão grande é sua soberba e seu ego
Que não vê os humildes à espreita
E tão incerta é a sua colheita
Por render-se a um amor tão cego

Amor este de cunho tão miúdo
Que tem pouca relevância nos fatos
Menor ainda a importância no conteúdo
Uma vida inteira voltada para o status

Tão fúteis os seus motivos
Tão tola é a hereditariedade
Quando o que se deve manter vivo
É o amor de quem o ama de verdade.


(Daliana Medeiros Cavalcanti – 14/04/2007)

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