Qual a tua colheita?
Em meio à plantação
De atmosfera rarefeita?
Vivendo com devoção
Em meio a tanta desfeita?
Responda-me com urgência
Por que num mundo corrompido
Se agimos com inocência
O encontramos todo partido?
Se a bondade também faz mal
Por não sermos todos retribuídos
Como agir agora, afinal,
Sem nos termos destruído?
Se o servir humilha
Com o desprezo e o desdém
Como seguir a trilha,
Sem me tornar uma refém?
Se o egoísmo é benigno
E se doar é uma tolice,
Seria então, mais digno
Se cuidasse da superfície?
O que consegues senão
Reciprocidade não aceita?
Adubas sementes de boa ação
E outra pessoa as rejeita?
Diga-me, querido coração...
Qual a tua colheita...?
(Daliana Medeiros Cavalcanti - 14/05/2011)
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