Solitude

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018


Ela anda e chora...
Ela quer ir embora
E não sabe para onde...
Mas o que é que se esconde
Em sua mente agora?

Veem, mas não olham
As lágrimas que rolam
Carregadas ao vento...
Não há alento,
Nem olhar atento...
Só pessoas que ignoram...

Na multidão, ela sozinha,
A cada passo que caminha
Morre aos poucos com a lembrança
De tempos de esperança
Cujo amor, ela tinha...

Terra de cegos sem empatia
E ninguém a lhe fazer companhia
Exceto a chuva que começava
E com ela chorava
Lágrimas de simpatia

Todos correm, ela permanece...
E dos seus problemas, esquece
Pois a água da chuva acalma
Lava o coração e a alma
E a sua vida aquece

E então, ela percebe
Que cada gota que recebe
São de um amor bem conhecido:
O próprio, que havia esquecido
E dessa água, ela se banha e bebe...
E a solidão não fazia mais sentido.


(Daliana Medeiros Cavalcanti - 11/01/2018)

4 comentários:

Fátima Leal disse...

Amiga vc está cada vez melhor como poetisa. Salve o amor próprio! !!!!

Dali disse...

Obrigada, amiga querida! Fico muito feliz que tenha gostado! Beijão! :*

Unknown disse...

Pura sensibilidade!
Alma evoluída.
Parabems5

Iatamyra disse...

Maravilhoso, prima talentosa 👏👏👏🌷😘😘

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